Sindicato cobra do novo presidente do Bradesco, a valorização dos funcionários
Aprovado mês passado pelo conselho de administração, Lazari substitui Luiz Carlos Trabuco
Octavio de Lazari Junior é o novo presidente do Bradesco. Executivo de 54 anos, desde 1978 é funcionário do banco e já exercia a função de vice-presidente do grupo BradescoSeguros, Lazari substitui Luiz Carlos Trabuco, confirmado na assembleia dos acionistas, ele será o quinto presidente do banco.
Lazari aponta como principal meta, resultados imediatos, e também afirma buscar equilíbrio entre o banco do passado e o do futuro. O presidente refere-se ao banco do passado, como as agências físicas ou “agências de tijolos”, na qual o atendimento com seu cliente é pessoal e diário. Enquanto banco do futuro significa “Open Banking”, modelo adotado pelos bancos através de recursos tecnológicos para se conectar e abordar sua clientela.
A meta do presidente contradiz com o cenário atual encontrado no Bradesco. Lazari prega o discurso de “valorização das agências”, quando o banco anuncia que mais duzentas serão fechadas. Ao todo o número do ano passado somou o encerramento de 565 agências.
Diante de todas mudanças, os funcionários seguem sem esperança de ter um futuro agradável dentro do banco. As demissões seguem a todo vapor, principalmente para os empregados que estão próximos da aposentadoria. Além da redução em seu quadro de empregados, cerca de 10 mil trabalhadores aderiram ao PDVE(Plano de Demissão Voluntária dos Empregados), em 2017. Até hoje não houve recomposição da mão-de-obra. Isto faz com que os funcionários fiquem sobrecarregados, tendo uma jornada de trabalho acumulada. O problema reflete no atendimento aos clientes, que se torna ainda mais precário.
“Espero que o novo presidente valorize as negociações com a Comissão dos Empregados, pois, há mais de 10 anos negociamos com o banco e tivemos pouco avanço. Nossa última conquista foi a isenção de tarifas, na qual o banco não cita ser fruto da negociação com seus empregados. ” afirma, Marcelo Pereira, diretor do Sindicato e membro do COE (Comissão de Organização dos Empregados), do Bradesco. “Nos últimos anos a gestão do RH só sabe dizer não ao Auxílio Educação, e as reivindicações referentes ao Plano de Saúde, este último que o banco insiste em dizer que é seguro Saúde, para dificultar o empregado em ter esse direito quando estiver aposentado, ” conclui.
Fonte: Sin. dos Bancários Rio