Entregadores de aplicativo cobram acesso a direitos trabalhistas
Jornadas de trabalho de 12 horas ou mais, risco de roubo e acidentes, essa é a rotina dos entregadores por aplicativos, que cobram a regulamentação da categoria.
Para tentar resolver o drama desses trabalhadores, o Governo Federal deve apresentar, até o fim do mês de setembro, uma proposta para estender benefícios trabalhistas a esse grupo.
Uma pesquisa, feita no primeiro trimestre deste ano, avaliou o perfil da categoria. A grande maioria dos entregadores é formada por homens, com idade média de 32 anos. Apenas 13% têm curso superior e 80% são chefes de família.
O levantamento revelou ainda que metade dos entregadores do país tem a atividade como única fonte de renda, e que 8 em cada 10 são contrários à mudança de vínculo para CLT. Eles defendem que direitos trabalhistas são importantes, desde que se mantenha a flexibilidade.
O presidente da Comissão de Advocacia Trabalhista da OAB de São Paulo, Gustavo Granadeiro, explica que é preciso encontrar um meio-termo.
“Hoje, existe um vácuo legislativo em relação a esse formato de trabalho, que é esse da plataforma. É preciso garantir o mínimo de condições, de jornada de trabalho, de salário mínimo, e também de uma proteção previdenciária”, ele observa.
É o que o Carlos, que trabalha como entregador, mais quer. “Hoje, tem aplicativo que paga R$ 3, R$ 4 por entrega, e esse dinheiro não paga nem a gasolina do motoboy, e tem motoboy que faz, porque ele não sabe que ele está pagando para trabalhar. Ele demora para perceber”, ele lembra.
Fonte: sbtnews