Patrões se aproveitam da reforma trabalhista para sonegar FGTS
Os patrões estão se aproveitando da confusão causada pela reforma trabalhista do governo Temer para sonegar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o Ministério do Trabalho, os valores não depositados tiveram alta de 25% no primeiro trimestre deste ano, comparados com o mesmo período de 2017.
O montante devido em 2018 chegou a R$ 1,08 bilhão, contra R$ 0,86 bilhão nos três primeiros meses do ano passado. Há 2,4 milhões de empregadores que devem ao fundo. Para o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa, o crescimento da inadimplência acontece como decorrência da crise econômica aprofundada pelas medidas recessivas do governo Temer. Mas também porque os empregadores estão se aproveitando da confusão causada pelas novas regras instituídas pela reforma trabalhista de Temer.
“A reforma acabou, também, gerando uma espécie de incentivo aos patrões, que se aproveitam para burlar leis, como a que determina o depósito do FGTS”, afirmou. Acrescentou que um dos fatores de incentivo são as dificuldades impostas aos trabalhadores para evitar que entrem com ações visando garantir direitos desrespeitados pelas empresas. Citou como exemplo, a cobrança caso o empregado perca a causa.
O dirigente lembrou que o recolhimento de encargos deixou de ser prioridade das empresas, ficando, com as novas regras, para o fim da fila. “O que, além de todos os prejuízos causados, acaba por reduzir, a receita do próprio governo”, comentou.
Fonte: Sin. dos banc. RJ