Sindicatos protestam contra demissões, assédio moral e falta de segurança no Santander
Bancários e bancárias de todo o país realizaram na manhã desta terça-feira (6), protestos contra a política da direção do Santander de extinguir agências físicas e demitir trabalhadores em massa. No Rio de Janeiro, dirigentes sindicais percorreram unidades no Centro e dialogaram com funcionários, clientes e usuários. A população se queixou do fechamento de agências e da piora no atendimento causada pela demissão de empregados.
Em 2022, o banco espanhol fechou 394 unidades no Brasil. Santander, Bradesco e Itaú Unibanco, do setor privado, mais o Banco do Brasil, instituição pública de capital aberto, fecharam juntos no ano passado 1.007 unidades físicas. Os quatro bancos lucraram no mesmo período, R$24,7 bilhões.
Assédio e insegurança
O movimento sindical protestou ainda contra o adoecimento de trabalhadores, em função do aumento da pressão e do assédio moral para atingimento das metas e também contra a falta de segurança nas agências, em especial nas unidades de negócio.
“Se tem um setor em que não existe justificativa para demitir, é o sistema financeiro. No entanto, não param de chegar casos de demissões de bancários no Rio e em todo o país. Vamos continuar denunciando à sociedade essa política desumana do banco, que contribui para o aumento do desemprego e da crise no Brasil”, criticou o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
A diretora do Sindicato, Maria de Fátima, relatou que muitos funcionários estão trabalhando na base de remédios, tamanha a pressão para ao atingimento de metas.
“Os bancários adoecem no trabalho em função da sobrecarga de trabalho e do assédio moral e ainda vivem o medo de ser demitido, em função das dispensas em massa no Santander”, relatou a sindicalista.
Na parte da tarde, teve um tuitaço com a hashtag #SeLigaSantander. O objetivo da campanha nas redes sociais é denunciar à sociedade o desrespeito do banco espanhol com seus funcionários e com os clientes e usuários no Brasil.
Fonte: Sind. dos Bancários.